Continuação da visão geral dos melhores sideratos. No artigo anterior, foram discutidos cereais e crucíferas : características gerais do tipo e alguns dos fertilizantes verdes mais eficazes em detalhes. Vamos examinar as leguminosas siderais.
As leguminosas siderais tradicionalmente utilizadas incluem:
- Anuais de inverno (lupino, trevo carmim, ervilhaca peluda, ervilha de campo, entre outros).
- Leguminosas perenes (trevo vermelho, trevo branco, lupino, alfafa, esparcente).
- Leguminosas bienais (melilotus).
Principais funções das leguminosas siderais:
- Acúmulo (fixação) de nitrogênio atmosférico.
- Controle da erosão do solo.
- Produção de biomassa para retorno de matéria orgânica ao solo.
- Atração de insetos úteis predadores.
O que diferencia as leguminosas siderais das outras?
As leguminosas formam uma parceria com bactérias específicas chamadas Rhizobia. Essas bactérias fixadoras de nitrogênio vivem em simbiose, acumulando nitrogênio do ar e compartilhando-o com as plantas hospedeiras.
As leguminosas variam amplamente em sua capacidade de sideração. O professor Dovban, em sua monografia sobre a produtividade do lupino de folha estreita ( 1 ), afirma que o lupino possui a maior capacidade de fixação de nitrogênio (nitrogênio atmosférico, até 95% do nitrogênio total na biomassa). Mais detalhes sobre o lupino abaixo.
As leguminosas siderais plantadas no outono crescem a maior parte de sua biomassa na primavera. O plantio deve começar mais cedo do que o dos cereais para que as leguminosas criem boas raízes antes das geadas. As leguminosas perenes e bienais podem ser combinadas com diversas culturas agrícolas, crescendo entre as fileiras. Em geral, as leguminosas possuem uma relação carbono/nitrogênio mais baixa do que os gramíneas, decompondo-se mais rapidamente e contribuindo menos para o aumento do húmus em comparação com plantas carbonáceas.
Misturas de leguminosas e cereais combinam os benefícios de ambos os tipos, incluindo produção de biomassa, fixação de nitrogênio, controle de ervas daninhas e erosão do solo.
Trevo Carmim
Outros nomes: carmesim, italiano, púrpura, vermelho-escuro.
Tipo: perene, anual.
Funções: fonte de nitrogênio atmosférico, formação do solo, prevenção da erosão, cobertura morta viva (especialmente entre fileiras), cultura forrageira, planta melífera.
Combinações: gramíneas, azevém, trevo vermelho.
Devido ao seu rápido crescimento, o trevo carmesim perene fornece nitrogênio para culturas precoces e suprime ervas daninhas. É popular na América do Norte como cultura forrageira e como fertilizante verde resistente ao pisoteio. Desenvolve-se bem em misturas com outros trevos e aveia. Na Califórnia, o trevo é cultivado em pomares e bosques de nozes, sendo uma cobertura verde tolerante à sombra. As flores do trevo carmim oferecem abrigo para predadores benéficos.
Cultivo: Desenvolve-se bem em solos argilosos arenosos bem drenados. Apresenta pouco desenvolvimento e é suscetível a doenças em solos ácidos, pesados, argilosos ou alagados. Após o enraizamento, o trevo cresce bem em condições frescas e úmidas. A deficiência de fósforo, potássio e pH inferior a 5,0 interrompe a fixação de nitrogênio. Para o inverno, o trevo carmim é semeado 6-8 semanas antes da primeira geada. Na primavera, semeia-se quando o clima estabiliza e o risco de geadas persistentes desaparece. A germinação do trevo é desigual, as sementes duras precisam de umidade suficiente para brotar.
Incorporação: O corte na fase inicial de brotamento mata a planta. A raiz não apresenta problemas durante a aração. O máximo de nitrogênio estará disponível antes da formação das sementes, na fase final de floração. Após a aração, devem-se esperar duas a três semanas antes de semear outras culturas, pois as leguminosas aumentam a concentração de bactérias específicas no solo - Pythium e Rhizoctonia, que decompõem a matéria orgânica. Estas bactérias podem atacar as culturas semeadas no auge de sua atividade.
Siderato Ervilhaca Peluda
Outros nomes: ervilhaca-peluda, ervilha peluda.
Tipo: anual, de inverno, bienal.
Funções: fonte de nitrogênio, controle de ervas daninhas, drenagem e aeração do solo, controle da erosão, abrigo para insetos benéficos.
Combinações: trevo, trigo-sarraceno, aveia, centeio e outras gramíneas.
Poucas leguminosas podem competir com a ervilhaca peluda na contribuição de nitrogênio e produção de biomassa. Esta leguminosa perene, resistente ao inverno e amplamente adaptada, possui raízes que continuam a se desenvolver mesmo no inverno. Se a ervilhaca não for sustentada por outra cultura, sua altura não ultrapassará 90 cm, mas, se os ramos forem soltos, podem chegar a 3,5 m! Incorporar a biomassa rica da ervilhaca pode ser uma tarefa difícil, mas é imbatível no controle de ervas daninhas e na fixação de nitrogênio atmosférico. A ervilhaca peluda é amplamente usada como adubo verde nos campos americanos, sendo objeto de muitos estudos de campo de qualidade.
A ervilhaca peluda retém a umidade do solo tanto como cobertura verde viva quanto após sua incorporação, graças ao seu denso material verde. Um estudo comparativo do Instituto de Maryland mostrou que a ervilhaca é a leguminosa mais lucrativa (testada antes do plantio de milho), superando o trevo e as ervilhas austríacas (Lichtenberg, E. et al., 1994. Profitability of legume cover crops in the mid-Atlantic region. J. Soil Water Cons., 49:582-585.). A ervilhaca peluda economiza fertilizantes e inseticidas, aumenta a produtividade das culturas subsequentes devido à formação do solo, fornecimento de nitrogênio quelado, melhoria do ambiente para a microbiota do solo e propriedades de cobertura.
O sistema radicular fibroso da ervilhaca é extenso, criando macroporos que permitem a infiltração de água nas camadas do solo após a decomposição do resíduo vegetal. Em áreas onde a retenção de água não é desejada, recomenda-se plantar misturas de adubos verdes, como aveia e ervilhaca, uma combinação clássica e comprovada. É possível também adicionar centeio.
A ervilhaca contribui pouco para o húmus, pois se decompõe rapidamente e quase completamente (possui pouco carbono, assim como a maioria das leguminosas). A proporção de carbono para nitrogênio varia de 8:1 a 15:1, enquanto no centeio chega a 55:1. A ervilhaca é mais resistente à seca em comparação com outras leguminosas utilizadas como adubo verde.
A ervilhaca peluda concorre com ervas daninhas graças ao seu crescimento vigoroso na primavera. Seus efeitos alelopáticos são fracos e seguros para culturas agrícolas, mas o denso manto sombreado que cria é eficaz contra ervas daninhas. Misturas de centeio/trevo vermelho/ervilhaca oferecem um controle ideal de ervas daninhas, melhoram a proteção contra erosão e proporcionam maior aporte de nitrogênio. O centeio também atua como suporte para os ramos da ervilhaca.
A ervilhaca peluda acumula mais fósforo do que os trevos, motivo pelo qual é recomendável fertilizá-la. Mais tarde, esse fósforo será transferido para as culturas frutíferas.
Cultivo: prefere solos com pH de 6,0 a 7,0, mas sobrevive em solos com pH entre 5,0 e 7,5. Deve ser semeada em solo úmido, pois condições secas retardam a germinação. O plantio pode ser feito em qualquer época do ano: 30-45 dias antes das geadas para germinação precoce na primavera, no início da primavera ou em julho para incorporação no outono. A cultura tem altas demandas de fósforo, potássio e enxofre. Pode ser intercambiada com milho e girassol (o girassol deve desenvolver pelo menos quatro folhas verdadeiras antes que a ervilhaca interfira).
A mistura de centeio e ervilhaca equilibra os efeitos de ambas as espécies como adubo verde. Essa combinação fixa nitrogênio e outros nitratos em excesso, controla a erosão e suprime ervas daninhas.
O plantio de ervilhaca na primavera gera menos biomassa comparado ao plantio no inverno.
Incorporação: o método de incorporação da ervilhaca peluda depende dos objetivos específicos. Aração da biomassa fornece a maior quantidade de nitrogênio, embora envolva mais trabalho. Manter os resíduos na superfície do solo retém a umidade e impede o crescimento de ervas daninhas por cerca de 3 a 4 semanas, mas há significativa perda de nitrogênio da parte aérea da planta. Quanto mais madura a ervilhaca, maior o conteúdo de nitrogênio, mas também maior a dificuldade de processamento e aração. O corte da ervilhaca ao nível do solo durante a fase de floração mata a planta. A ervilhaca plantada no inverno não precisa ser manipulada. Geralmente, a ervilhaca plantada na primavera não é deixada crescer por mais de dois meses.
Trevo vermelho como adubo verde
Outros nomes: trevo vermelho médio, trevo de junho, trevo de floração precoce, trevo mamute.
Tipo: anual, bienal ou perene; variedades de floração precoce e tardia. Benefícios: fonte de nitrogênio, formação do solo, controle de ervas daninhas.
O trevo vermelho é um adubo verde confiável, barato e de fácil acesso, sendo um dos fixadores de nitrogênio mais populares na agricultura moderna. Melhora e afrouxa solos argilosos e fixa nitrogênio atmosférico. Frequentemente utilizado como adubo verde antes do preparo para o plantio de culturas de verão, o trevo vermelho cresce em qualquer solo argiloso ou argilo-arenoso, mesmo em solos pobres e mal drenados. Ele possui grande potencial para reduzir o uso de fertilizantes nitrogenados (Stute, J. K. and J. L. Posner. 1995b. Synchrony between legume nitrogen release and corn demand in the upper Midwest. Agron. J. 87: 1063-1069). Comparado a outras leguminosas, é mais resistente à compactação e à ação de insetos. Extremamente tolerante à sombra, o que o torna indispensável em pomares.
O trevo atrai insetos benéficos e serve como abrigo para eles. Diferentes variedades de trevo vermelho produzem diferentes quantidades de biomassa e possuem tempos de maturação variados. O trevo mamute (de floração tardia) cresce lentamente e é sensível ao corte. Já o trevo vermelho médio cresce rapidamente, podendo ser cortado uma vez no primeiro ano de vegetação e até duas vezes no ano seguinte. Sensível ao fósforo, o trevo extrai este elemento das camadas inferiores do solo e o acumula, devolvendo-o às culturas após sua incorporação e decomposição. Cultivo: em uma primavera fresca, o trevo vermelho germina no 7º dia – mais rápido que muitas leguminosas, pH: 5,5–7,5 (aceita uma ampla faixa de condições do solo). As mudas se desenvolvem mais lentamente do que a ervilhaca. Não requer plantio profundo (até 2,5 cm). É melhor semeá-lo como adubo verde considerando seu ciclo de dois anos, já que no segundo ano a planta acumula a quantidade máxima de nitrogênio no meio da floração. Não cresce por mais de 5 anos, produzindo a máxima biomassa e nitrogênio no segundo ano de vegetação. É comum a prática de estratificar sementes de trevo diretamente sobre a neve, antes do degelo. Pode ser semeado junto com fertilizantes. Para o crescimento ativo do trevo, é necessária uma temperatura do ar acima de 15 graus.
Incorporação: para atingir o pico de nitrogênio, a incorporação do trevo deve ocorrer aproximadamente no meio da floração na primavera do segundo ano de vegetação. A incorporação pode ser feita mais cedo. Para cobertura morta em hortaliças de outono, corte antes de formar sementes. O corte no verão enfraquecerá o trevo antes da incorporação no outono, o que pode ser importante se o preparo do solo for feito manualmente (o trevo pode ser um desafio para a capina).
O trevo frequentemente se torna uma planta daninha devido à facilidade de auto-semeadura. Possui um parasita, o ácaro, que afeta groselheiras.
Trevo branco
Tipo: perene de longa duração, anual de inverno. Funções: cobertura morta viva, proteção contra erosão, atração de insetos benéficos, fixação de nitrogênio.
O trevo branco é a melhor cobertura morta viva para os espaços entre fileiras, sob arbustos e árvores. Possui um sistema radicular denso e pequeno que protege o solo da erosão e suprime as ervas daninhas. O trevo branco prospera em condições frias e úmidas, com sombra ou meia-sombra, e cresce melhor com cortes regulares. Dependendo da variedade, a planta cresce entre 15 e 30 cm.
O trevo branco possui diversas variedades cultivadas que inicialmente foram desenvolvidas como cultura forrageira. Cresce melhor em solos ricos em calcário, potássio, cálcio e fósforo, mas suporta condições adversas melhor que outros trevos. Sua longevidade está ligada à sua raiz rastejante, sendo, portanto, necessário controlar a expansão dessa cobertura verde. É extremamente resistente ao pisoteio e restaura a porosidade de caminhos muito trilhados em jardins e hortas. Não compete com plantas cultivadas por luz, água e nutrientes, pois cresce lentamente e denso na sombra dessas plantas durante o desenvolvimento de suas raízes. Resistente à maioria dos herbicidas.
Cultivo: o trevo branco tolera inundações e secas curtas. É eficaz em uma ampla gama de tipos de solo, mas prefere argiloso e franco-argiloso. Algumas variedades foram desenvolvidas para solos arenosos. Se o trevo for cultivado em condições desfavoráveis (seca, alta umidade ou competição vegetal), é necessário aumentar a taxa de semeadura. O cultivo “no inverno” deve começar em meados ou final de agosto, para que a planta tenha tempo de enraizar bem (não menos de 40 dias antes das primeiras geadas). Misturas de trevo branco com gramíneas reduzem o risco de perdas de leguminosas devido ao frio. A semeadura na primavera pode ser feita juntamente com o plantio de culturas comerciais.
Incorporação: esta variedade de trevo é especialmente valorizada pela recuperação do solo por meio de cobertura morta viva. Portanto, o ideal é cortá-lo, deixando 7–10 cm de altura, sem incorporá-lo. Para uma boa invernada, o crescimento da planta deve ter no mínimo 10 cm antes das primeiras geadas prolongadas.
Se for necessário erradicar o trevo em uma área específica, será preciso arar, arrancar ou usar um cultivador. Também é possível aplicar herbicida apropriado. Cortar frequentemente rente ao solo não mata a planta. Caso deseje obter sementes próprias, colha-as quando a maioria das cabeças floridas ficar marrom-clara.
Tremoceiro de folha estreita
Tipo: anual, perene. Funções: fixação de nitrogênio atmosférico, manutenção e recuperação da fertilidade natural do solo, proteção contra erosão. Problemas: baixa taxa de germinação.
Muitos estudos de cientistas bielorrussos e russos abordam o tremoceiro. Descreverei o tremoceiro de folha estreita com base nas informações desta monografia de 2006 e do livro “Adubação Verde na Agricultura Moderna” de K.I. Dovban.
Nos recursos agrícolas de língua inglesa, o tremoceiro como adubo verde é pouco mencionado, sendo a ervilhaca e o trevo mais destacados. Frequentemente há referência à experiência europeia no cultivo de tremoço. Cientistas russos e bielorrussos se dedicam à seleção e biologia dessa leguminosa. É possível conhecer mais detalhes sobre as variedades de tremoceiro no site VNIILupin .
O sistema radicular do tremoceiro libera enzimas capazes de converter compostos de fósforo insolúveis em forma quelatada, disponível para as culturas subsequentes. Suas raízes pivotantes afrouxam o solo, normalizam sua troca de gases e evitam a lixiviação e migração de elementos químicos para as águas subterrâneas (o que é crucial em condições de uso excessivo de fertilizantes). O tremoceiro tem alta necessidade de enxofre, e a aplicação de fertilizantes com sulfato influencia positivamente na produtividade de sua biomassa.
K.I. Dovban destaca a acumulação recorde de nitrogênio pelo tremoceiro perene – 385 kg por hectare, comparado aos 300 kg do trevo vermelho, o que é 25% superior ao nitrogênio encontrado no esterco.
Cultivo: Não cresce em solo alcalino (em solo alcalino, a salsinha se desenvolve muito bem e pode ser usada como adubo verde). Recomenda-se semear variedades perenes no final de outubro, para que não germinem antes do início das geadas. Esta é uma planta que prefere climas quentes; contudo, as sementes de tremoço podem germinar a uma temperatura de +2 a +4°C, sendo a temperatura ideal entre +9 e +12°C. A semeadura é realizada quando o solo já aqueceu até +8 a +9°C, organizando os canteiros em fileiras com espaçamentos de 10-15 cm (até 45 cm, o que favorece o desenvolvimento de cada arbusto, mas torna o trabalho de remoção de ervas daninhas entre as fileiras mais complicado). A distância entre as sementes deve ser de 10 cm, com uma profundidade sulco de 4 cm para semeadura.
As mudas são resistentes a geadas de até -9°C. A planta é autopolinizadora. Não tolera bem a sombra, e a duração da luz do dia afeta diretamente o desenvolvimento e a frutificação do tremoço. Sementes pequenas com casca dura têm dificuldade para germinar. Em larga escala, realiza-se a escarificação das sementes de tremoço; em casa, essas sementes podem ser esfregadas com areia grossa. O tremoço germina bem em condições de umidade constante na primavera ou com o uso de estimulantes de crescimento. Ele se adapta bem a solos podzólicos turfosos, e variedades perenes conseguem prosperar até mesmo em terras pobres e não cultivadas (desde que haja boa umidade).
O sistema radicular robusto do tremoço perene penetra a camada arável e é capaz de acessar compostos de fósforo, magnésio, cálcio e potássio em locais de difícil acesso. Não necessita de fertilização mineral adicional (segundo Dovban em seu livro, embora na monografia sobre o tema haja várias páginas dedicadas à fertilização). O tremoço de folha estreita é uma leguminosa de amadurecimento relativamente rápido para adubação verde (88-120 dias, embora em recursos populares copiem a informação de que estaria pronto em 50 dias).
Na monografia mencionada acima, “Produtividade do tremoço de folha estreita”, estão bem detalhados os problemas de fixação de nitrogênio pelas leguminosas e a ineficácia da inoculação (o processo artificial de introdução de bactérias fixadoras de nitrogênio nas sementes e no solo). Se você deseja aprofundar o tema, consulte a fonte original. No livro de K.I. Dovban, na página 108, é apresentada uma descrição acessível do funcionamento das bactérias fixadoras de nitrogênio (disponível gratuitamente).
Incorporação ao solo: a incorporação do tremoço anual ao solo deve ser feita durante ou ao final da floração. Quando semeado antes do inverno, o tremoço consegue acumular massa verde suficiente para ser usado como adubo verde em plantações tardias de batatas ou para o plantio de tomates. O tremoço perene pode ser aparado durante o primeiro ano de crescimento, mas não deve ser imediatamente incorporado ao solo; é importante permitir que as bactérias fixadoras de nitrogênio se estabeleçam e que o sistema radicular se desenvolva. O ideal é incorporar ao solo somente a partir do segundo ou terceiro ano. Para evitar a germinação indesejada, pode-se remover as inflorescências ou, preferencialmente, cortá-lo e enterrá-lo em canteiros vazios, sob árvores frutíferas ou usá-lo como composto.
Como o tremoço produz muita massa verde suculenta, a incorporação manual pode ser desafiadora. No entanto, se você tiver um picador de jardim e um cultivador, isso não será um problema.
Lista de plantas fixadoras de nitrogênio
Arbustos: Cytisus scoparius (vassoura), hanibush, Caragana arborescens, rooibos, oliveira de cheiro (Elaeagnus angustifolia).
Flores: índigo, glicínia.
Cultivos alimentares e amendoins: feijão andino, todas as leguminosas, amendoim.
Ervas: alcaçuz.
Árvores: amieiro, Robinia pseudoacacia (falsa acácia ou acácia-branca), alfarrobeira, Clerodendrum trichotomum, cafeeiro, laburno (Laburnum), Prosopis (mesquite), oliveira de cheiro (Elaeagnus angustifolia).
Culturas agrícolas e de cobertura (adubo verde): alfafa, feijão-fava, feijões-de-jacinto, feijões-de-veludo, trevo-de-pássaro, trevo de flecha, trevo balansa, trevo alexandrino, trevo carmesim, trevo vermelho, trevo da Nova Zelândia, trevo branco, trevo subterrâneo, melilotus, caupi, lespedeza, alfafa, ervilhaca do campo, ervilha de inverno, soja, ervilhaca comum, ervilhaca peluda.
Plantas rasteiras: feijão selvagem, feijão escarlate, amendoins, ervilhas.